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domingo, 4 de maio de 2008

Lingerie: de baixo pra cima nas passarelas de inverno

Imagine a alça do sutiã que aparece sob a regata da menina que passa pela rua. Cena corriqueira, não? Agora pense em quanto tempo isso levou para acontecer desde que surgiram os primeiros sutiãs. O Chic responde: mais de cem anos.A peça, hiperfuncional, não servia para mais nada além dar sustentação (sutiã vem da palavra francesa soutien = sustentar). Mas não demorou a descobrirem que ela era sexy que só e, até os bojos se atreverem a aparecer sob transparências, foi um pulinho. Outro pulo foi ver as lingeries – sutiã, calcinha, corselets e camisolas incluídos – se tornarem roupas. Na verdade, eram peças de roupa com referências da lingerie, que Versace, Yves Saint Laurent, Jean Paul Gaultier e até Hervé Leger criaram com maestria ao usar renda, cetim, barbatanas e elásticos por todos os lados, já no final da década de 80.

Objeto de estudo até para Freud, o assunto lingerie ainda não foi esgotado pela moda, que retomou seus elementos nas passarelas nacionais e internacionais do inverno 2008/2009. Nessas temporadas, as modelos desfilaram um pedacinho do sutiã aqui, uma transparência ali, um corpete acolá. Nem tão sexy quanto Versace, porém mais despudoradamente do que nunca. Será que essas peças íntimas vão ser alçadas, finalmente, ao posto de roupas? Vale lembrar que a passarela não é a rua. Na hora de incorporar a moda, o bom senso devo falar mais alto. “É preciso lembrar que isto é um depoimento fashion extremamente provocante e, como toda provocação, deve ser usada no lugar certo e na hora certa”, aponta Gloria Kalil.
Texto: Adriane Hagedorn
Fonte: www.chic.ig.com.br

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